sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PLANOS DE AULAS - COM O USO DAS TIC'S

Retirado da Revista Nova Escola On-line

Língua Portuguesa

Plano de Aula Ensino Médio

E-mail para a turma. Assunto: recursos lingüísticos na internet

Bases Legais
Linguagens e Códigos

Conteúdo
Língua e linguagem

Objetivos
Analisar as características da escrita e da linguagem na internet

Introdução
Pode interromper o primeiro download se você nunca recebeu um e-mail com frases repletas de abreviações e neologismos do tipo flw, blz, naum, bj, hj e [ ]s. O que será que aconteceu com a linguagem dos jovens? Eles estão escrevendo errado – se obedecermos ao pé da letras às regra gramaticais – ou a pressa e a criatividade exigidas em comunicadores instantâneos, chats, blogs, fotologs e uma infinidade de outros espaços virtuais transformam os internautas em artífices das palavras? De acordo com a reportagem de VEJA ESPECIAL, aqueles que navegam pela rede mundial de computadores vem adaptando e tornando cada vez mais ágeis e divertidos os códigos on-line. Os puristas da língua, portanto, podem respirar aliviados: o bloguês está longe de ser errado. O texto da revista desafia os estudantes a analisarem esse universo lingüístico que eles mesmos criaram.

Reserve um horário no laboratório de Informática. Organize os alunos em grupos e proponha que visitem vários blogs. Revise os principais conceitos relacionados aos diários virtuais (a aula indicada no final deste roteiro pode servir de subsídio). Providencie um dicionário comum e outro de lingüística, além de uma boa gramática. Leve o material para a aula.

Oriente a leitura da reportagem e destaque a interação criada pela internet entre os personagens retratados. Ajude os adolescentes a perceber como numa sociedade cada vez mais fechada não há mais tempo para falar, discutir, ouvir e partilhar. O blog, portanto, funciona como um veículo para se mostrar, pensar, rir, chorar – e ouvir o outro por meio do feedback. Ressalte essa relação e encaminhe uma segunda rodada de navegação pelos diários on-line.

Atividades
Encarregue os adolescentes de enumerar as principais características dos endereços visitados e ajude-os a notar que eles acabaram fazendo uma pesquisa qualitativa. Revele que o principal objetivo dessa atividade é apontar os campos semânticos dos posts e analisar o discurso empregado pelos autores das narrativas. Caso julgue pertinente, inclua na discussão algumas questões de lexicologia – tema que geralmente passa ao largo dos conteúdos programáticos durante as reflexões lingüísticas.

Sugira que cada equipe se atenha aos textos dos blogs. Discuta o papel interativo da ferramenta e a necessidade desse tipo de manifestação humana. Peça, em seguida, que os jovens investiguem o blogging como forma de comunicação pessoal e veículo divulgador de interesses específicos. Conte como levantar hipóteses sobre o corpus lingüístico examinado. Quais são as intenções das linguagens verbal e não-verbal nesses endereços? Explore a diversidade dos conteúdos e evidencie as temáticas mais presentes. Algumas delas são mostradas nos desenhos que ilustram este plano de aula. Ensine que um blog trata, principalmente, de:
@ modelagem política e social;
@ uso como diário de vida pessoal;
@ conteúdo reafirmador da existência;
@ apresentação de pontos de vista sobre o mundo e as coisas;
@ interesse em criar comunidades;
@ realizar catarse; e
@ fazer uso literário ou poético.

Fale também sobre a especificidade da audiência, ou seja, os leitores que freqüentam os blogs constantemente e ali deixam comentários. Lembre que tais textos reforçam a intencionalidade original de estabelecer comunicação.
Dê a cada grupo a incumbência de levantar um conjunto lingüístico capaz de revelar, pelas relações de sentido presentes nos textos verbais e visuais dos blogs, o campo semântico em que elas atuam. Analise a forma (morfológico-lexical), o sentido (semântico) e a distribuição (interface léxico-sintática) dos textos. Ensine que entre as formas encontradas no discurso em cada categoria de blog e a nomenclatura empregada pelos internautas há um abismo tão significativo que até o dicionário se torna um objeto decepcionante.

Explore o Pequeno Dicionário de Bloguês, incluído no final da reportagem, e pergunte que outros verbetes a classe acrescentaria. Diga o que são redes semânticas e estimule os alunos a criarem uma. Peça que cada grupo componha e explique os subconjuntos vocabulares trabalhados. Faça com que todos percebam a freqüência de uso de certas estruturas e incentive a descoberta da intencionalidade de cada texto nos diários virtuais. Se achar pertinente, instigue reflexões lingüísticas sobre questões de lexicologia. Conte que o léxico de uma língua é potencialmente infinito e não se restringe ao estudo dos vocábulos atestados. Ele inclui os “atestáveis”. Lance mão dos dicionários e da gramática e esclareça as eventuais dúvidas relacionadas a esses termos. Ressalte os discursos em bloguês e leve os estudantes a examinar a construção interna (forma) das palavras (unidades de uso) desse pretenso idioma. Peça que todos verifiquem o processo de formação das palavras e examinem atentamente o aspecto complementar da morfologia. Os vocábulos analisados mantêm indicadores de tempo, pessoa, modo, gênero, conjugação etc.? Há alguma tendência à preservação exclusiva do lexema, com perda dos morfemas gramaticais flexionais e derivacionais?

Há uma certa regularidade nos procedimentos de alteração dos vocábulos? Discuta se é possível definir o sentido lexical do bloguês, essa espécie de nova versão da língua portuguesa. Lance outras questões. Pergunte como podemos desenvolver a representação física dos novos termos. É possível estruturar o léxico e a função das relações semânticas desse código recém-criado? A nova estrutura lingüística obedece a regras mais ou menos fixas? Será que ela atende ao princípio de uma economia de tempo, movimentos e digitação? Ou as alterações no plano da escrita são motivadas pelos mesmos critérios que tornam a fala e a redação elementos separados? Há empréstimo lingüístico no bloguês? Em caso positivo, ele é predominantemente ligado a qual idioma? Convide o professor de Língua Estrangeira a falar sobre os empréstimos da língua de Shakespeare com a popularização do uso do computador. No caso específico dos blogs, é possível compor um vocabulário próprio para manejar o recurso? Revele os cruzamentos e as transplantações culturais escondidos em adoções de termos como blog, blogueiro, bloghost, blogosfera, blogroll, fotolog, moblog, blortal, videoblog etc. Por fim, sugira mais uma reflexão: escrever é resultado de vocabulário amplo ou é necessário dominar estruturas, discernir e estabelecer relações lógicas? Como podemos situar um blog nesse contexto?

Biologia

Plano de Aula Ensino Médio

O lado humano das máquinas

Bases Legais
Ciências da Natureza e Matemática

Conteúdo
Fisiologia humana

Conteúdo relacionado

Reportagem de Veja

Objetivos
Explicar como funcionam as redes neurais artificiais

Introdução
A reportagem de VEJA comenta o avanço das máquinas sobre posições até agora reservadas aos seres humanos. São sistemas capazes de reconhecer pessoas, prever oscilações e tendências do mercado de capitais e decidir pela compra ou venda de ações. Imitam alguns mecanismos do nosso pensamento para cumprir tarefas específicas. Muito disso se deve ao desenvolvimento das redes neurais artificiais, objeto de estudo do cientista cognitivo Marvin Lee Minsky, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, de cujo laboratório de inteligência artificial ele é co-fundador. Minsky foi também um dos consultores do filme 2001, uma Odisséia no Espaço. Examine com os alunos que componentes biológicos são esses que inspiram os pesquisadores da área.

Atividades
1ª e 2ª aulas - Leia a reportagem com a turma. Ao terminar, reserve um tempo para conversar sobre o conteúdo do texto. Assinale que um dos objetivos da aula é construir um conjunto de relações entre a inteligência própria dos sistemas biológicos e os mecanismos artificiais. Inicie com um estudo sobre o neurônio, culminando com uma atividade em sala para examinar a arquitetura e as propriedades dessas células. Mostre à classe que a base do processamento neuronal é uma série de pelo menos três neurônios: um sensorial, outro de processamento e o último envolvido com a resposta. Um exemplo é o reflexo medular a um estímulo doloroso. O neurônio sensorial leva um impulso à medula, dentro da qual um interneurônio processa uma resposta. Esta percorre um neurônio motor, que comanda a ação muscular. Essas três células estão ligadas entre si por uma estrutura chamada sinapse, que pode ser elétrica ou química. Assim, fenômenos eletroquímicos explicam como a informação é criada e transmitida no tecido nervoso.

Conte que essa arquitetura neuronal simples inspirou o conceito de computação chamado conexionismo, que levou à formulação das redes neurais.

Se a capacidade de processamento depende da complexidade da rede neuronal, pode-se dizer que no cérebro humano ela é extraordinária. Convide os jovens a acompanharem um cálculo simples. Nosso cérebro tem aproximadamente 100 bilhões de células nervosas, cada uma com cerca de 10.000 interconexões. Isso significa um número de conexões cerebrais da ordem de dezenas de trilhões.

Da mesma forma, nos sistemas inteligentes, a rede neural é composta por um elevado número de elementos processadores — também denominados unidades de processamento — amplamente conectados entre si. Cada uma das conexões interliga somente dois elementos processadores, geralmente num único sentido.

Desse modo, a operação se distribui entre os elementos processadores da rede, que a realizam isolada e paralelamente, enviando o resultado para outras unidades através de suas interconexões. Por isso, as redes neurais também são conhecidas como sistemas de processamento distribuído e paralelo.

Esse tipo de arquitetura permite que vários elementos simples realizem coletivamente procedimentos análogos ao aprendizado. Assim, o sistema é capaz de descobrir uma rota mais simples para resolver um problema. Algumas conexões podem ser ignoradas e outras, anexadas. A dinâmica e a plasticidade tornam o sistema inteligente e apto a aprender. O resultado prático é a resolução de um problema.

É possível concluir com os estudantes que a inteligência, seja de origem biológica ou artificial, é um fenômeno emergente de uma rede de relações relativamente simples. Para ilustrar o conceito, distribua cópias do abaixo acima para todos lerem.

3ª aula – Combine com a moçada uma aula prática em computadores com acesso à internet. Para começar, explore a idéia de “emergência”. Para tanto, utilize o simulador disponível em http://llk.media.mit.edu/projects/emergence/.

Nesse programa, objetos luminosos movem-se harmoniosamente na tela como se fossem seres vivos. São chamados de autômatos celulares. Trata-se, na verdade, de uma grade de células que se acendem ou se apagam na tela. Esses dois estados são respostas a regras simples que definem como elas vão emitir luz ou não. “Sementes” é um exemplo de denominação recebida por um conjunto simples de regras. Esse sistema obedece a duas regras que funcionam simultaneamente:

Primeira – Se uma célula estiver acesa, no passo seguinte ela se apaga.

Segunda – Se uma célula apagada tiver exatamente dois de seus oito vizinhos acesos, ela deve se acender na etapa seguinte.

De acordo com o padrão de células acesas no passo inicial, os modelos formados nos passos seguintes podem ser mais ou menos complexos, ter mais ou menos estabilidade e harmonia.

Explore os conjuntos simples de regras que produzem padrões estáveis e harmoniosos. Estimule a classe a criá-las e assim formar modelos diferentes. Discuta as possíveis analogias desses sistemas com fenômenos naturais.

Um bom exemplo de emergência é o que ocorre num formigueiro. As formigas podem ser entendidas como uma comunidade de processadores ligados de forma dinâmica, por causa de sua capacidade de reagir a estímulos e produzir respostas. No seu dia-a-dia, esses insetos se defrontam com situações como a identificação e coleta de alimento para o interior da colônia. Sem qualquer organização ou inteligência centralizada, cumprem a tarefa por meio de trilhas eficientes. Os modelos de computação paralela conseguem simular tais comportamentos. Ou seja, podemos imaginar que a inteligência coletiva de um formigueiro é semelhante a uma rede neural de computação paralela.

O site http://ccl.northwestern.edu/netlogo/models/Ants apresenta essa simulação. Ali, seus alunos podem interferir nas regras simples que regem o comportamento das formigas e obter maior ou menor grau de eficiência na resolução do problema de encontrar comida e levá-la rapidamente ao formigueiro.

Vários outros fenômenos complexos naturais — é o caso da propagação de epidemias, do crescimento de plantas e do desenvolvimento de músculos e tumores — podem ser descritos com base nesse mesmo modelo computacional.

Organize os estudantes em equipes para executar uma tarefa complexa, na qual cada indivíduo deve cumprir um pequeno conjunto de procedimentos, resultantes de estímulos e respostas simples. Demonstre com isso que o cérebro humano e mesmo algumas instâncias mais complexas da natureza, como os comportamentos sociais, podem funcionar de forma semelhante.

Para seus alunos

Arte “neurônica”
A imagem abaixo é o resultado de um projeto científico do laboratório de neuroengenharia do Georgia Institute of Technology, nos Estados Unidos. Uma placa de Petri contendo uma cultura de neurônios de rato foi conectada a 60 eletrodos. Os neurônios formaram espontaneamente uma rede interconectada. Os cientistas desenvolveram um software para traduzir os impulsos nervosos em sinais digitais, que foram transmitidos via internet para um robô.

Fotos: Georgia Institute of Technology / Divulgação
Fotos: Georgia Institute of Technology / Divulgação













Este converteu as informações em movimentos de seus braços, munidos de pincéis e tinta. Formou-se, assim, uma pintura abstrata, feita por fragmentos da inteligência de um roedor. Esse experimento aparentemente insólito é uma plataforma de aprendizado e experimentação no campo das relações entre sistemas biológicos e eletromecânicos computacionais.

Fotos: Georgia Institute of Technology / Divulgação

Quer saber mais?

INTERNET
• A página http://education.mit.edu/starlogo/ contém o programa StarLogo, desenvolvido pelo MIT. É uma ferramenta útil para construir simuladores descentralizados
• O site www.gatech.edu/news-room/release.php?id=160 relata as experiências com as culturas de células de ratos

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http://revistaescola.abril.com.br/planos-de-aula/





4 comentários:

  1. É um barato interagir na sala de aula com as novas tecnologias, esta vem avançado cada vez mais e é necessário o educador acompanhar,usar e direcionar o alunado na perspectiva do uso em beneficio próprio da aprendizagem significativa.

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  2. É um barato interagir na sala de aula com as novas tecnologias, esta vem avançado cada vez mais e é necessário o educador acompanhar,usar e direcionar o alunado na perspectiva do uso em beneficio próprio da aprendizagem significativa.

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  3. É muito prazeroso, acompanhar, direcionar o aluno,ao uso das novas tecnologias,para o avanço de sua propria aprendizagem.

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